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DISCOGRAFIA

 

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CENAS BRASILEIRAS
1987

01 Corta Capim (Nenê) – 03:17

02 Contatos (Paulo Bellinati) – 05:05

03 Dança do Saci Pererê (Nenê) – 03:54

04 Cantilena (Roberto Sion) – 04:07

05 Pixote (Rodolfo Stroeter) – 05:49

06 Veranico de Maio (Nelson Ayres) – 04:15

07 Flor do Mato (Nelson Ayres) – 07:04 

FORMAÇÃO

Nelson Ayres – piano e teclados

Rodolfo Stroeter – baixo elétrico e baixo acústico

Paulo Bellinati – violão, guitarra e cavaquinho

Roberto Sion – saxofones e flauta

Nenê – bateria

FICHA TÉCNICA

Gravado nos estúdios Transamérica, São Paulo em fevereiro de 1987.

Direção artística – Wilson Souto Jr.

Produção executiva – Chico Pardal

Engenheiros de gravação – Roberto Marques, Vanderley Loureiro e João Roberto (Cotô)

Mixagem – Roberto Marques

Assistentes de estúdio – Ricardo Zeppelin, Pedro Campi, Carlos Guedes e Djalma da Silva

Direção de arte – Toshio H. Yamasaki

Foto – Hilton Ribeiro

Produção fotográfica – Claudia Tresca

Arte final – Luiz Cordeiro

Logotipo – Odir Grecco

Contracapa – detalhe da gravura Cena de Carnaval de B. Debret

 

Disco originalmente lançado pela gravadora Continental.

Gravado um ano depois de Pindorama, Cenas Brasileiras é, praticamente, um desdobramento do mesmo projeto musical. “Esse disco foi feito quase a toque de caixa, para aproveitar um período em que o Nenê estava passando no Brasil. Quando já estávamos ensaiando para fazer alguns shows, procurei o Gordo, na Continental, e sugeri que ele bancasse o estúdio para gravarmos um novo disco”, relembra Rodolfo Stroeter, autor do descontraído xote “Pixote”, incluído nesse álbum. 

 

“Com a entrada do Nenê, o grupo foi ficando com uma cara mais brasileira. Não só pela maneira de tocar, mas também pela maneira de compor”, comenta o baixista, lembrando que uma das três composições que Nenê apresentou ao grupo ao chegar, “Canção para Lupicínio Rodrigues” (incluída nesta edição como faixa bônus) não coube no LP original por falta de espaço.

 

Paulo Bellinati não se esquece do quanto foi difícil tocar a “Dança do Saci Pererê”, outra composição do baterista. “O Nenê inventou umas polirritmias que deram muito trabalho. Demoramos semanas para acertar essa música, porque cada um tinha que tocar num ritmo diferente. Foi uma experiência muito rica”, considera o violonista, que adaptou “Contatos”, suíte para violão de sua autoria, para a formação do Pau Brasil.

 

Nelson Ayres, que também contribuiu com duas faixas para o álbum, observa que, já nessa época, havia uma preocupação particular quanto à forma dos arranjos e composições para o grupo. “Em geral, procuramos evitar aquela ‘famosa’ forma jazzística do tema-improviso-tema. Porém, quando você evita isso, fica com um problemão: o de criar uma forma peculiar para cada música. Acho que isso foi bem resolvido, no caso de ‘Veranico de Maio’ e ‘Flor do Mato’. A solução da forma é que dá o barato da música”.

 

“Em vez de ficar improvisando sobre uma sequência harmônica, como se fazia tradicionalmente no jazz, nós criávamos formas mais abertas, que nos permitiam improvisar mais livremente”, observa Roberto Sion, autor da lírica “Cantilena”. “Em alguns momentos, a música ficava totalmente free e você procurava responder ao que cada um tocava naquele instante. Buscávamos diálogos espontâneos”.


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